Este estudo avalia uma série de instrumentos financeiros e estratégias de mitigação que, juntos, podem permitir alcançar os resultados ambientais, sociais e econômicos de que a região precisa. Também analisa as cadeias de valor com potencial de impacto socioambiental positivo e os diferentes tipos de empreendedores que trabalham, ou podem trabalhar, estas cadeias. Por fim, olha as características dos tipos de investidor que podem ser atraídos para transformar a economia da Amazônia brasileira. As principais conclusões do estudo incluem a identificação de desafios, como o baixo nível de investimento de impacto na região, a falta de crédito para investimentos de risco, as limitações no apoio governamental e, especialmente, a ineficiência do ecossistema de apoio presente atualmente na região para promover uma economia sustentável.
Do lado positivo, a presença de um grande número de atores (organizações da sociedade civil, doadores, financiadores e governo – particularmente o governo federal brasileiro) se constitui em uma base sólida para desenvolver o ecossistema de investimento de impacto na Amazônia brasileira. Além disso, algumas cadeias de valor da Amazônia têm alto valor potencial, com mercados internacionais que ou já estão estabelecidos (como castanhas do Pará ou madeira) ou estão crescendo rapidamente (como a polpa de açaí).
Baseado nestas conclusões, levantamos possíveis oportunidades e próximos passos, que passam pela atração de novos atores de investimento através de abordagens de mitigação de risco, como financiamento “mezanino” e o apoio financeiro com fundos não-retornáveis para assistência técnica e capacitação. Estas estratégias de mitigação de risco devem ser incorporadas em mecanismos financeiros desenhados para tipos específicos de empreendedores e em cadeias de valor predeterminadas para maximizar sua eficácia.
