Para alcançarmos um Desenvolvimento Sustentável na Amazônia Brasileira são imprescindíveis esforços
coletivos. Atualmente, os indicadores socioeconômicos e ambientais são muito ruins na região e, infelizmente, pioraram nos últimos anos. O desmatamento, a desigualdade, a exclusão social e os riscos aos direitos humanos são exemplos disso. Essas são questões cruciais que só podem ser resolvidas por meio de uma conjunção de forças entre os diferentes atores que endereçam ou influenciam estas agendas. Nesse sentido, ainda há muito a ser feito em termos de fortalecimento de alianças, redes e coalizões, pois temos responsabilidades comuns, mas diferenciadas entre as partes.
As empresas atuantes na Amazônia Brasileira têm a condição e o dever de contribuir com alternativas e recursos para a prosperidade social, econômica e ambiental do território, com a potência e o valor que cada uma possui. É neste contexto que se insere a pertinência da Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA), como um parceiro estratégico para estreitar conexões, as quais podem viabilizar uma governança ecossistêmica entre diferentes atores envolvidos em arranjos multissetoriais.
As experiências que buscam promover impacto positivo para a região têm gerado muitos aprendizados. Os projetos mais bem-sucedidos são aqueles em que se estabelecem interfaces e verdadeiras relações de confiança entre a sociedade, os governos, as empresas, as universidades, a mídia, os parceiros de comunicação e os atores em campo. Acredito que apenas desta forma é possível gerar alinhamentos para desenhos e implementações de iniciativas consistentes.
Vale destacar também o papel das políticas públicas no provimento de mecanismos de controle e fiscalização, de programas duradouros e estruturantes para saúde e educação e de infraestruturas adequadas e suficientes para saneamento e energia. Da mesma forma, é fundamental planejar e implementar ações efetivas para minimização de impactos socioambientais, de forma sistêmica e integrada. Com essas condições básicas, as empresas e a sociedade terão condições mais favoráveis para potencializar o desenvolvimento.
No futuro, será cada vez mais importante a busca pela inclusão social, o fortalecimento das capacidades das pessoas e da governança social público-privada, o estabelecimento de mecanismos de entendimento das dinâmicas de desenvolvimento territorial e os instrumentos financeiros que nos permitam não só investir em demandas de curto prazo, mas também gerar um patrimônio de médio e longo prazos.
Assim, a partir de um trabalho colaborativo, acredito que conseguiremos construir uma Amazônia mais próspera e, como indica a visão da PPA, ‘com qualidade de vida, riqueza de biodiversidade e uso sustentável de seus recursos naturais’
